Ação: O que é, como funciona e por que você deveria entender isso hoje



Imagine uma grande pizzaria. 

Uma pizzaria daquelas que tem fila na porta, delivery bombando e até planos de abrir filiais pelo país. Agora imagine que essa pizzaria precisa de dinheiro para crescer mais rápido. Uma das formas de conseguir isso é vendendo fatiazinhas do seu negócio no mercado. Cada pedacinho vendido é chamado de... ação.

Sim, quando você compra uma ação, está literalmente comprando um pedaço (mesmo que bem pequeno) de uma empresa. E isso vem com direitos, responsabilidades e, claro, oportunidades.

O que é uma ação?

Uma ação é uma parte do capital social de uma empresa. Ao comprar uma, você se torna sócio, mesmo que com uma parcela minúscula.

Essa sociedade pode ser vantajosa: se a empresa cresce, o valor da sua ação pode subir. Se ela lucra, você pode receber dividendos (uma fatia do lucro repassada aos acionistas). Mas se a empresa afunda... seu dinheiro pode derreter junto. Afinal, ação é investimento de renda variável.

Ação Ordinária x Preferencial: qual é a diferença?

Ao investir em ações, você pode encontrar dois tipos principais:

  • Ação Ordinária (ON): dá direito a voto nas assembleias da empresa. É como se você tivesse uma cadeira com voz na mesa das decisões. Também garante um direito chamado Tag Along: se a empresa for vendida, você tem o direito de vender sua ação junto, nas mesmas condições do dono majoritário.

  • Ação Preferencial (PN): não dá direito a voto, mas te dá prioridade no recebimento de dividendos. Ou seja, você é tipo um hóspede VIP na fila da distribuição de lucros.

Ambas têm seus atrativos. A escolha depende da sua estratégia: poder de voto ou prioridade na grana?

IPO e OPA: o primeiro e o último ato

  • IPO (Oferta Pública Inicial) é a estreia da empresa na Bolsa. É quando ela abre capital e vende ações ao público pela primeira vez. É como se a pizzaria finalmente abrisse suas portas para novos sócios.

  • OPA (Oferta Pública de Aquisição) é o movimento contrário: quando a empresa decide sair da Bolsa e recompra suas ações, encerrando sua vida pública. Adeus, sociedade.

Bolsa de Valores: o palco onde tudo acontece

A compra e venda de ações acontece na Bolsa de Valores. No Brasil, esse palco tem nome: B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Na B3, empresas listam suas ações e investidores — como eu, você e os grandes tubarões — negociam esses pedacinhos de negócios em tempo real.

É como um grande mercado, só que em vez de tomate e arroz, a gente compra Petrobras, Magazine Luiza, Itaú, Vale...

Liquidez: facilidade para entrar e sair do jogo

Um ponto importante: liquidez é a capacidade de converter um ativo em dinheiro. Ações de empresas grandes (como Petrobras ou Itaú) têm alta liquidez — você compra e vende rapidamente. Já ações de empresas pequenas podem ser mais difíceis de negociar. Pode ser que, ao tentar vender, não haja ninguém querendo comprar naquele momento.

E os riscos?

Investir em ações não é passeio no parque. A ação pode cair por causa de uma crise, escândalo, decisão ruim da empresa ou até por medo generalizado do mercado.

Por isso, investir em ações exige calma, conhecimento e uma boa estratégia. E não se assuste com oscilações: elas fazem parte do jogo.

Ser sócio é mais acessível do que você imagina

Muita gente pensa que investir em ações é coisa de milionário ou especialista de terno. Mas a verdade é que com poucos reais, um celular e um pouco de curiosidade, você já pode ser sócio de grandes empresas brasileiras — e até internacionais.

Mas lembre-se: entender no que está investindo é mais importante do que simplesmente comprar. Informação, aqui, é sua maior aliada.

 

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